Energia, Brasil realiza leilão; eólicas e solares devem dominar
Energia, Brasil realiza leilão; eólicas e solares devem dominar
SÃO PAULO (Reuters) – O governo brasileiro realiza nesta sexta-feira um leilão para contratar novos projetos de geração de energia. Nele se espera queda acentuada nos preços, principalmente para usinas eólicas e solares, que poderão testar novas mínimas históricas.
A licitação, conhecida como A-4, começou às 10h e pretende viabilizar empreendimentos para operação a partir de 2023. De acordo com informação do site da Câmara de Comercialização de energia elétrica (http://leilaopublico.ccee.org.br/A4/).
Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, a demanda deve ser baixa devido ao lento ritmo de retomada da economia brasileira para negócios na área de energia. Enquanto o número de projetos cadastrados para a disputa mantém-se elevado.
Os vencedores da concorrência fecham a venda da produção futura às distribuidoras de energia locais, que atendem os consumidores finais.
As apostas no mercado são de uma contratação de cerca de 1 gigawatt em capacidade, volume movimentado no A-4 do ano passado, contra 51 gigawatts em empreendimentos aptos a participar. No ano passado, eram 48,7 gigawatts.
No leilão A-4 de 2018, usinas solares dominaram a licitação,com preços finais de venda da energia caindo a até cerca de 117reais/MWh, um recorde negativo para a tecnologia no país,enquanto as eólicas viabilizaram apenas um projeto, mas com tarifa também em mínima histórica para a fonte, a 67 reais/MWh.
Além de usinas fotovoltaicas e eólicas, o leilão também é aberto para pequenas hidrelétricas e térmicas a biomassa, mas essas duas últimas fontes têm custos maiores e devem ver uma contratação menor, marginal em relação ao total do certame, segundo analistas.
Empresas como as francesas EDF, Voltalia e a italiana Enel são vistas como fortes competidoras, uma vez que viabilizaram projetos em licitações recentes e possuem usinas prontas para essa próxima licitação. A canadense Canadian Solar também é vista como uma das favoritas, por sua forte presença no setor solar do Brasil.
(Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)
Fonte: DCI